Como o café chegou ao Brasil?
Por Paulo Victor - 30 August, 2021

Como o café chegou ao Brasil?

Você já deve ter percebido que o consumo de café é muito popular no Brasil. Facilmente encontramos pessoas apaixonadas por café e que não conseguem viver sem tomar um golinho de manhã, depois do almoço ou a tarde, não é por acaso que nos referimos ao café da manhã ou ao café da tarde.  

O café já era consumido desde a Antiguidade, quando os habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta. Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de consumo, passando o café a ser cultivado em várias partes do mundo. Alguns setores da sociedade europeia possivelmente passaram a beber café depois do século XVII, hábito que se expandiu rapidamente pelo continente. Esse aumento do consumo do café na Europa e depois nos EUA explica até certo ponto o crescimento da produção do café no Brasil a partir do início do século XIX. 

Você já se perguntou alguma vez como foi a origem da produção e do consumo de café no Brasil? 

O café entrou no Brasil no século XVIII, quando as primeiras mudas de café foram trazidas de Guiana Francesa por Francisco de Melo Palheta e plantadas em 1720, na província do Pará. E depois se espalhando por todo litoral brasileiro, chegando no Rio de Janeiro em 1760.  Surgiram grandes lavouras de café na Baixada Fluminense e no Vale do rio Paraíba nas províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. 

   

 

Quadro Plantação de Café (1839) do pintor Johan Jacob Steinmann (1800-1844) Fonte: escolakids.uol.com.br 

 

O solo e o clima da região favoreceram a produção do café no Basil, e era exportado para atender o consumo na Europa. Os escravizados eram a força de trabalho para produção do café, mão de obra barata para o cultivo, colheita e beneficiamento do café e assim enriquecendo os bolsos dos barões da época e foi o maior produto de exportação na época do império do Brasil. O café era transportado através de mulas da fazenda até os portos de Santos e Rio de Janeiro. 

 

 

Embarque do café no Porto de Santos, em fotografia de 1880 feita por Marc Ferrez (1843-1923) 

 

 

Fotografia de Marc Ferrez (1843-1923) que retrata escravos em fazenda de café no Brasil (c.1895) 

 

 Um processo de modernização da sociedade também foi possível graças aos lucros conseguidos com a exportação do produto, o que antes era realizado apenas nos lombos das mulas e depois conseguiram construir ferrovias para transportar de forma mais rápida o café das fazendas para os portos, principalmente o Porto de Santos, em São Paulo. E as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo bem como algumas cidades do interior paulista, como Campinas, com os lucros do café começaram a se expandir e se urbanizar e surgindo novos grupos sociais, como operários e a chamada classe média. 

 

  

Escravos trabalhando em um terreiro de café, em fotografia de George Leuzinger (1813-1892), de 1870. Fonte: escolakids.uol.com.br 

 

O interior da província de São Paulo, na área conhecida à época como “Oeste Paulista”, foi o local de expansão da produção cafeeira após a decadência das lavouras do Vale do Paraíba. A existência da chamada “terra roxa”, muito fértil, garantiu o aumento da produção nessa região. 

  

A produção do café dependeu intensamente da força de trabalho escravo. O tráfico de escravos entre a África e o Brasil aumentou cada vez mis devido a demanda da produção nas fazendas cafeeiras.  E posteriormente, após a abolição da escravidão, a mão de obra utilizada nas fazendas produtoras de café foi a de colonos imigrantes, principalmente italianos. 

O café foi a principal mercadoria da economia brasileira até a primeira metade do século XX. 

 

Fonte:   

escolakids.uol.com.br 

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