Fazenda União

Resumo Histórico

FAZENDA UNIÃO

Rio das Flores - RJ #fazendaantiga23⠀⠀⠀⠀⠀⠀

1836

O casarão de um só pavimento, ou de um pavimento sobre porão alto. Sua principal característica, fora a horizontalidade, é a existência, ao centro da fachada principal, de uma escadaria de um ou dois lances levando a um patamar geralmente coberto por um copiar.

A história da Fazenda União inicia-se em 1802, quando José Laureano do Amaral obteve por concessão uma sesmaria. Ficando durante 11 anos sem condições para explorar as terras, resolveu vendê-las, em 1813, para João Pereira Nunes, que também não produziu, não beneficiou nem plantou nada em seus campos.

Essa fazenda foi mais uma das que ajudou manter o império, com o OURO NEGRO, uma das fazendas mais produtivas de café, ela ainda guarda muitas historias em suas paredes e mobiliário. situado no Vale dos Barões do Ciclo do Café, na cidade de Rio das Flores -RJ, com o casarão construído em 1836, oferece a elegância do Segundo Império, e proporciona em cada detalhe de suas instalações, uma verdadeira viagem na história do Brasil. O casarão é impecável, e o melhor, é que é uma hospedaria, você pode ficar no quarto do barão, isso é um diferencial enorme.

Em 1814, o Capitão Bernardo Vieira e sua esposa, Dona Escolástica Maria de Jesus, compraram essas terras sem produção alguma e inexploradas. O casal então deu o nome de Fazenda do Paraíso à propriedade recém- adquirida.

Com o falecimento do Capitão Bernardo Vieira, em 1838, as terras da Sesmaria foram divididas em sete partes, dando origem às Fazendas União, Esperança, Sapucaia, São Luís, São Policarpo, Divisa e Sossego. Desta partilha de bens entre herdeiros, coube a José Vieira Machado e sua esposa, Dona Lina Laudegária Vieira e Souza, a Fazenda União. Em 05 de Setembro de 1853, a propriedade foi vendida para Antônio Pereira da Fonseca Júnior, que adquiriu, também, a Fazenda Esperança, unidas em uma só propriedade sob a denominação de “Saudades do Rio”.

Em 18 de Setembro de 1859, a fazenda retomou o seu antigo nome de União, através do Barão e, mais tarde, Visconde do Rio Preto, sendo esse o seu mais próspero e ilustre proprietário. Por causa de sua localização privilegiada, situada ao longo do caminho para as Minas Gerais, a fazenda tornou-se passagem e pouso obrigatório para viajantes, impondo-se como uma das mais concorridas, da então recém-fundada freguesia de Santa Teresa de Valença. O filho do Visconde do Rio Preto, o segundo Barão do Rio Preto (Domingos Custódio Guimarães Filho), recebeu, em 1867, a Fazenda União, tornando-se seu proprietário. Posteriormente, em 1873, o médico Camilo Bernardino Fraga e sua esposa, Dona Luíza Vieira da Cunha Fraga, tornaram-se seus proprietários. A abolição da escravatura, em 1888, acelerou o processo de decadência do ciclo e das fazendas de café.

Em 1901, a agora viúva Dona Luíza, enfrentando graves dificuldades financeiras, viu-se obrigada a hipotecar a fazenda a João Alves Montes. Em meados do ano de 1918, o Senhor Melchiades Augusto de Mourão Matos, que havia sido padre e abandonou o celibato para desposar Dona Olga Morgante Ferreira, comprou a propriedade, vendendo-a quatro anos mais tarde, em 1922, para José Rodrigues de Almeida e sua esposa Dona Prudência. O casal resolveu então mudar a atividade produtiva da fazenda para a criação do gado leiteiro, que em todo o Vale do Paraíba tornara-se a atividade econômica principal. A Fazenda União permaneceu com os herdeiros de José Rodrigues de Almeida até 1972, quando foi vendida para Vicente Crispin de Oliveira e Dona Filomena Faria de Oliveira.

Adquirido por João Manoel dos Reis Filho em 1992, o prédio centenário foi revitalizado e com a orientação para atender aos requisitos do conforto moderno, foram recuperados o telhado, os pisos, toda a estrutura em madeira e até seus porões. O entorno da secular sede recebeu um elaborado cuidado paisagístico, onde procurou-se preservar as árvores centenárias. O mobiliário foi então acrescido de peças de época, recuperadas e adquiridas em leilões, antiquários e incansáveis inserções pela região do Vale.

Mais tarde, João Manoel casou-se com Dona Rosalina Monteiro dos Reis e, no sentido de preservar e divulgar o estilo de vida e os costumes do nosso período imperial, sobretudo durante a fase do café no Vale do Rio Paraíba, o casal vem preservando as tradições e, para oferecer a hospitalidade e o provincianismo daquela época, transformaram a Fazenda União em um espaço de cultura e lazer.

Sem dúvida nenhuma a Fazenda União configura-se como uma fazenda-satélite ou, como alguns historiadores preferem, uma fazenda exclusivamente de trabalho. Sua arquitetura modesta comprova os fatos. Quando adquirida em 1873, pelo médico Camilo Bernardino da Fraga, a casa-sede passou por grande reforma com intuito de ampliá-la e dotá-la de conforto. Elementos artísticos comuns deste período foram acrescentados, como, por exemplo, lambrequins, varanda de entrada com vidros coloridos, papel de parede etc. Com a reforma recente, muitos desses elementos foram retirados, além de outros, incorporados à antiga.

Adquirida por João Manoel dos Reis Filho em 1992, o prédio centenário foi revitalizado e com a orientação para atender aos requisitos do conforto moderno, foram recuperados o telhado, os pisos, toda a estrutura em madeira e até seus porões e foi criada a hospedaria.

Até que, o atual proprietário Mário Vasconcellos, adquiriu a fazenda e deu vida nova ao hotel, recomendo para os amantes de história.

fonte: Instituto Cidade Viva/ @fazenda_uniao

 

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Ano

1836

Visitação

Sim

Hospedagem

Sim

Eventos

Sim

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