Fazenda do Triunfo
Resumo Histórico
FAZENDA DO TRIUNFO
Vassouras - RJ #fazenda
1824
A Fazenda do Triunfo foi estabelecida por Joaquim Pereira dos Santos nas Cabeceiras do Ribeirão do Pocinho, no último quartel do século XVIII. A construção de sua morada, ao fundo de ampla várzea, seguiu a localização tradicional, obedecendo ao fornecimento de água de nascentes e a posição solar. Esta sede mantém a sua planta interior com divisão original em dois setores distintos, o de receber e o de viver; divisão comumente utilizada no Vale do Paraíba até a metade do século XVIII, conforme ressalta o historiador Augusto C. da Silva Telles, em seu livro O Vale do Paraíba e a arquitetura do café. Os riscos do pioneirismo de Joaquim Pereira dos Santos fizeram com que, em 7 de junho de 1819, requeresse e obtivesse, do Rei D. João VI, “a graça de poder usar armas curtas, desde que montado, indo à sua fazenda distante mais de duas léguas, sem povoação alguma, com sertões infestados de quilombolas e feras bravias”. A Lei Imperial nº 601, de 18 de setembro de 1850, que dispôs sobre as terras devolutas do Império, foi regulamentada pelo Decreto nº 1.138, de 30/01/1854, que criou os chamados Registros Paroquiais de Terras. Os possuidores de terras, para atenderem ao disposto no artigo 5º da referida lei, que possibilitava a sua legitimação, ficaram obrigados a proceder ao registro das mesmas junto às respectivas paróquias, oportunidade em que deveriam provar a posse mansa e pacífica das mesmas, via dos respectivos títulos ou provas de estarem já cultivadas ou em princípio de cultura. Em atendimento a esta lei, Joaquim José Furtado, filho e herdeiro de Joaquim Pereira dos Santos, compareceu, em 30/12/1855, à Paróquia de Vassouras, portando Carta de Doação do Imperador D. Pedro I, de 23 de fevereiro de 1824, que desmembrou a área da Imperial Fazenda de Santa Cruz (Feitoria da Serra), a seu favor (f44). Joaquim José Furtado, além de fazendeiro, foi advogado e o primeiro promotor público de Vassouras. Com D. Maria Felisbina de Assis Furtado, sua mulher, foram generosos doadores de recursos para obras de caráter social e humanitário de Vassouras, citados em Fastos Vassourenses, do Dr. Jorge Pinto. À época do registro, 1855, Joaquim José Furtado possuía também parte da Fazenda das Palmas, com Francisco José Teixeira Leite, o barão de Vassouras. O registro como fazenda de café está bem documentado por escritura pública de financiamento hipotecário feito pelo Banco do Brasil, datada de 25/06/1874, onde se encontram discriminados: o inventário de escravos (mencionados nominalmente com suas respectivas origens em África), os cafezais, as construções, os equipamentos e os móveis e utensílios. Em Grandeza e decadência do café, Stanley J. Stein registra informações sobre a Fazenda do Triunfo no período imperial e levanta estatísticas referentes á incidência de doenças nos escravos na região. Fonte: InstitutoCidadeVIva
Ano
1824
Visitação
Não
Hospedagem
Não
Eventos
Não
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