FAZENDA ENTRE MORROS
Muqui - ES #fazenda330

1920*
Situado ao sul do Espírito Santo, à beira do Rio Muqui, afluente do Rio Itapemirim, a 239 m acima do nível do mar, o município é rodeado por lindas montanhas de pedra, ricas em granito, e por farta vegetação. Seu rico casario eclético é da década de 1920, época de glória dos senhores do café, hoje patrimônio histórico finamente preservado com 200 casarões tombados na esfera estadual, levando o município a ser incluído no PACH (Plano de Ação das Cidades Históricas) em 2010. Muqui constitui cerca de 60% do conjunto arquitetônico tombado pelo Estado.

O Barão de Itapemirim, diretor geral dos índios aldeados na Província do Espírito Santo, informava, em 1859, que "na altura das cabeceiras do rio Muqui existem duas ordas de índios Puris que apenas de tempo em tempo aparecem em alguma fazenda." Devem ter entendido bem com esses índios, os coronéis João Pedro Vieira Machado, dono das fazendas Entre-Morros e São Francisco e João Jacinto da Silva, da fazenda Boa Esperança, cujas propriedades abrangiam todas as terras do antigo arraial do Lagarto.

Eram chamados de lagartos pois segundo contam, os habitantes dali ficavam nas pedras pegando o sol para se esquentar como os lagartos, daí pegou esse nome.

“Encontramos a escritura de repasse da área que contém o atual o palacete a entrada de Muqui, repassada da família Vieira Machado aos Rambalducci em 1909 e décadas mais tarde a “Dico”Bernardo, no cartório de registro de imóveis da cidade. Os termos da escritura, referem-se à venda por um dos herdeiros de João Pedro Vieira Machado, em fins de 1909, de um lugar na Fazenda Entre Morros a José Rambalducci, 17 anos após o falecimento de João Pedro, ocorrido em 1892.”

“José Rambalducci comprou em 13 de dezembro de 1909 do Cel. Pedro João Vieira Machado, por seiscentos mil réis, um lugar denominado Fazenda Entre Morros, com uma casa que foi de propriedade de Vieira Machado.”
Fonte: Crônicas de Cachoeiro, 1966
Autor: Levy Rocha