Fazenda Imperial de Santa Cruz

Resumo Histórico

FAZENDA IMPERIAL DE SANTA CRUZ
Santa Cruz - RJ #fazendaantiga18

1556
Após o Descobrimento do Brasil, com a chegada dos colonizadores portugueses à baía da Guanabara, a vasta região da baixada de Santa Cruz e montanhas vizinhas, foi doada a Cristóvão Monteiro, da Capitania de São Vicente, como recompensa aos serviços prestados durante a expedição militar que, em 1567, expulsou definitivamente os franceses da Guanabara.

Os religiosos, agregaram estas terras a outras sesmarias, constituíram um imenso latifúndio assinalado por uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz.

Em poucas décadas, a região compreendida entre a barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, no Sul do atual Estado do Rio de Janeiro, integrava a poderosa Fazenda de Santa Cruz, a mais desenvolvida da Capitania do Rio de Janeiro nesta época, contando com milhares de escravos, cabeças de gado, e diversos tipos de cultivos, manejados com técnicas avançadas para a época.

Entre as edificações, hoje com valor histórico, contam-se igrejas e um convento, ambos ricamente decorados.

Uma dessas obras remanescentes é a chamada Ponte do Guandu ou Ponte dos Jesuítas. Na verdade uma represa, foi erguida em 1752, com a finalidade de regular o volume das águas das enchentes do rio Guandu.
Atualmente, esse monumento permanece com a sua estrutura original quase inalterada.

Outra das admiráveis iniciativas dos dirigentes da Fazenda de Santa Cruz, no plano da cultura, foi a fundação de uma Escola de Música, de uma Orquestra e de um Coral, integrados por escravos, que tocavam e cantavam nas missas e nas festividades quer na Fazenda, quer na Capital da Capitania.
Considera-se, por essa razão, que Santa Cruz foi o berço da organização instrumental e coral do primeiro Conservatório de Música no Brasil.

Passa pelas terras da Fazenda de Santa Cruz a trilha que no período colonial ligava a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ao sertão: o Caminho dos Jesuítas, posteriormente denominado Caminho das Minas, e posteriormente ainda, Estrada Real de Santa Cruz... 

A Fazenda Imperial de Santa Cruz foi uma fazenda fundada por Cristóvão Monteiro em 1556 nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, ele recebeu a Capitania de São Vicente, uma sesmaria em recompensa aos serviços prestados durante o combate aos invasores franceses no Rio de Janeiro. A sesmaria foi destinada à produção de açúcar, e a sede da fazenda começou a ser construída em 1570.

Depois que Cristóvão morreu, a Marquesa Ferreira, esposa dele, doou as ricas terras para os padres jesuítas. Os Jesuítas juntaram essas terras doadas a outras e fizeram uma grande fazenda, um latifúndio, que tinha como referência uma grande cruz, então nasceu o nome Fazenda de Santa Cruz. Era uma das mais desenvolvidas fazendas das Américas.

Com a expulsão dos Jesuítas de todas as regiões dominadas por Portugal, a Fazenda de Santa Cruz passou a ser posse da Coroa, se tornando Real Fazenda de Santa Cruz.

A Corte adotou o local como casa de veraneio e usava o Caminho Real para se deslocar da Quinta, em São Cristóvão, para a Real Fazenda de Santa Cruz. D. Pedro I e D. Miguel foram, praticamente, criados no local.

Quando voltou para Portugal, em 1821, D. João VI, que tanto gostava da Real Fazenda de Santa Cruz, estendendo por meses os finais de semana que passaria por lá, a viu se tornar Fazenda Imperial de Santa Cruz.

Foi na Fazenda Imperial de Santa Cruz que D. Pedro I passou a lua de mel com a princesa Leopoldina. Foi lá, também, que ele se reuniu com José Bonifácio antes de tomar a decisão de declarar a independência do Brasil, em 1822.

Com o advento da República, a casa principal da Fazenda de Santa Cruz, que já havia sido convento de Jesuítas e residência imperial, passou a abrigar tropas do Exército Brasileiro. Atualmente é sede do histórico Batalhão Escola de Engenharia.

 

 

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Fonte: Aldara Savacini

Ano

1556

Visitação

Não

Hospedagem

Não

Eventos

Não

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