Fazenda Lordello

Resumo Histórico

FAZENDA DE LORDELLO
Sapucaia-RJ #fazenda57

1836

Segundo um dossiê datado de 1854, o marquês do Paraná informa que, no final do ano de 1836, “realizou um sonho antigo, quando adquiriu terras incultas, à margem do Rio Paraíba do Sul, na fronteira com Minas Gerais, em Sapucaia, um lugar ainda pouco frequentado”. Nestas terras fundou a Fazenda de Lordello, inicialmente, empregou, na abertura da fazenda, 26 escravos.

Honório Hermeto C. Leão foi um dos homens mais influentes no cenário político do Império do Brasil. Casou-se em 1826 com D. Maria Leão, com quem teve quatro filhos: Maria, Honório, Henriqueta e Henrique.

Homem de visão, entendia ser necessário incentivar os escravos, até com pagamento em dinheiro, para que

estes colhessem acima da cota mínima determinada pelos capatazes. Após a morte do marquês, aos 55 anos de idade, em 1856, Lordello ficou para sua esposa, a marquesa do Paraná, que administrou a fazenda até sua morte em 1887. Com o falecimento da marquesa, herdou a fazenda um de seus filhos, o barão de Paraná, Dr. Henrique Leão que faleceu em 1916.

Do barão, que a administrou até morrer em 15 de março de 1916, a propriedade passou, em sistema de usufruto, para sua esposa, D. Zeferina Marcondes. O casal não teve filhos. Desde então, a fazenda passou por vários proprietários, que ao longo dos últimos anos a mantiveram preservada, chegando ao Sr. Marcos França, que a adquiriu na década de 1980, reaparelhando-a com seu imenso e compulsivo acervo mobiliário e de alfaias, mantendo-a conservada e o mais original possível até o presente.

A casa-sede da Fazenda de Lordello, à parte de sua conformação estilística completamente diversa da grande maioria das moradas das fazendas de café do vale – coloniais, em maior monta, e neoclássicas, em alguns casos – revela um partido de organização de sua implantação bem conservador, mantendo dois pavimentos em sua fachada principal e apenas um na de fundos, à semelhança do padrão tradicional estabelecido na região, um dos leit motivs do ciclo do café no valeparaibano do sul.

Numa interpretação paladiana da casa de fazenda de café tradicional, agrega elementos não usuais – como a pintura das paredes externas em trompe l’oeil fingindo mármores – a outros pouco comuns na região – como a quase religiosa simetria da planta e o pátio central –, somando-os à tradicional tecnologia construtiva do período – embasamento em pedra argamassada, gaiola estrutural em madeira, paredes em pau a pique e telhado em capa e bica, ainda que oculto pela platibanda – para formatar uma morada única e excepcional.

A imponente villa desenvolve-se sobre um platô alcançado por escadaria com seis degraus em pedra e bocéis adoçados, cuja perspectiva desponta desde o caminho de acesso, nascente no portão em ferro que antecede o córrego. Apresenta, na fachada principal, três tramos de composição limitados por quatro pilastras dóricas tintas na cor do carrara. Destaca-se o pano central, para onde concorrem os olhares e através do qual se dá o acesso nobre à edificação, por meio de uma escada entalada, ultrapassada a galeria do térreo.  

Fonte: INEPAC/CasaSenhorial

Ano

1836

Visitação

Não

Hospedagem

Não

Eventos

Não

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