Fazenda Monte Livre

Resumo Histórico

Fazenda Monte Livre

Anta - RJ #fazendaantiga2

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1850*

 

Tenho um grande apreço por esta linda fazenda do século XIX, por ser a fazenda onde meu avô viveu, e me contava várias histórias e experiências nesse lugar. A atual proprietária vêm realizando um belíssimo trabalho de restauração nessa fazenda.

 

As primeiras notícias referentes à colonização das terras do atual município de Sapucaia dão conta da chegada dos suíços Inácio Lengruber e Vicente Ubherlarto, por volta de 1809, aos quais foram concedidas algumas sesmarias na região, abrangendo as terras próximas ao Morro de Santo Antônio. Posteriormente, chegaram os portugueses Joaquim de Souza Breves e Antônio de Souza Brandão, depois barão de Aparecida, além do francês Francisco Diogo Perret. A fertilidade das terras, próprias para o cultivo do café, determinou o afluxo constante de colonos para a região, assim, rapidamente surgiria um pequeno arraial, que teve, por iniciativa de Antônio Inácio Lengruber, construída uma capela em intenção a Nossa Senhora Aparecida. 

Estão muito dispersas as informações referentes à Fazenda Monte Livre. Sabe-se, entretanto, que, em 1860, ela já existia e era propriedade de José Teixeira Alves Braga. Em 1920, pertencia a Astolfo de Mattos Machado, cujos herdeiros realizaram, em outubro de 1942, o “memorial descritivo da Fazenda Monte Livre”.

Desde a criação do município de Sapucaia, em 1874, a Fazenda Monte Livre passou a pertencer ao distrito de Anta. A data de 1881, impressa em estuque na fachada principal. O monte livre, a que alude o nome da fazenda, refere-se ao Monte Mário, penedo belo e imponente que se eleva aos céus, próximo à casa-sede.

As fazendas Monte Livre e Campo Belo, vizinhas, comunicavam-se através de bandeiras, que eram erguidas no Monte Mário, dando a saber, por meio de cores ou combinações delas, informações ou necessidades mútuas. 

 

O casarão foi implantado em meio a um platô gramado margeado por caminhos ensaibrados, onde despontam coqueiros e algumas palmeiras imperiais. À sua frente e à esquerda encontra-se um afloramento rochoso, além de matacões de pedra e de um pequeno açude para além do qual, mais à esquerda, está a casa do administrador. A casa-sede acha-se locada aos pés do exuberante Monte Livre, que a protege dos ventos dominantes, além de proporcionar-lhe sombreamento.

 

Ladeando pela direita a casa-sede, um extenso gramado de formato retangular limitado a toda volta por mureta com o peitoril abaulado, local do antigo terreiro de secagem de café. Está elevado em cerca de 70 cm em relação ao piso do caminho, sendo vencido este desnível através de uma escadaria central em pedra com três degraus e montantes encimados por esferas em massa, que é antecedida por palmeiras imperiais. O terreiro está separado da casa-sede por corredor à sua volta e apresenta canaleta subterrânea que coleta as águas de nascentes vindas da parte alta da fazenda, desembocando numa calha em pedra que antecede a frente do terreiro.

Pelo lado direito do terreiro, limitando-o, está a antiga senzala, composta por uma estreita e longa edificação de um pavimento sobre porão baixo, com telhado de quatro águas em telhas.

A Fazenda Monte Livre possui um pavimento sobre porão baixo. Apresenta embasamento em pedra recoberto de hera e paredes caiadas de branco que contrastam sobremaneira com o azul intenso dos marcos de suas esquadrias e detalhes decorativos. 

 

 

fonte: instituto cidade viva

Ano

1850*

Visitação

Não

Hospedagem

Não

Eventos

Não

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