FAZENDA MORRO DO PILAR
Quissamã - RJ #fazenda297

1899
Mais uma linda fazenda que o tempo está apagando, é triste ver um patrimônio que outrora tinha vida, muita atividade e cheio de pessoas ao seu redor e hoje está abandonado.

📌Você imaginava que Quissamã tinha tanta fazenda assim?

Esse casarão situa-se numa colina cercada pelo canavial, na localidade de Conde de Araruama. Em meio a frondosas árvores, do sobrado avista-se a grande extensão do terreno. Também se avistava dela a sede da Fazenda Boa Esperança, não mais existente.

Sobrado já construído em alvenaria de tijolos maciços. Com formato retangular, em dois pavimentos, no primeiro, está a sala de jantar, a sala de estar, com acesso ao andar superior, quartos de guardados, quarto de empregados e banheiro. No andar de cima, possui cinco quartos. Além disso, um puxado abriga a copa, a cozinha e a despensa. Um avarandado, ligado à sala de visitas, faz o acesso à casa. O piso do andar térreo, não é elevado, sendo revestido de cerâmica e cimentado.

O piso do sobrado é em tábuas corridas mas está todo destruído. Também o são os forros. O telhado de quatro águas é revestido com telhas planas francesas. Não era muito comum, na época, a construção com dois pavimentos em Quissamã. O Solar do Morro do Pilar lembra a antiga fazenda dos padres conhecida como Solar do Colégio, e também um outro solar existente ainda hoje no núcleo urbano. A varanda de acesso a casa foi construída em 1943. Também nessa época foi murada a área do puxado da cozinha e construído mais um quarto no andar superior.

A casa foi construída em 1899, e a fazenda foi desmembrada da Fazenda Boa Esperança, já demolida. Seu proprietário era Bento Ribeiro de Castro, filho de José Ribeiro de Castro e Cecília Ribeiro de Castro. Foi vendida ao Engenho Central, em 1933. Funcionou como moradia de Antonio Carneiro da Silva, então administrador da Cia, até 1980, quando pela morte deste, passou a ser ocupada como escritório local da empresa. Encontra-se desocupada e até algum tempo pertencia a Edilberto e a Joaquim Bento Ribeiro de Castro.

As pessoas me perguntam como pode um abandono como esse, de um casarão tão lindo, cadê os donos, cadê o governo, cadê a população e por aí vai.

Quero explicar alguns pontos importantes, a consciência de preservação não está enraizada ainda na nossa nação em nenhuma esfera, nem nos políticos e nem na população em geral, tenho procurado aqui nessa página fazer um trabalho de formiguinha de resgate de cultura, trazer a tona nas pessoas um sentimento de preservação do passado, preservação da nossa história e procuro fazer isso de forma agradável, explicativa e com o máximo de qualidade possível.

Estamos formando por aqui, um grupo de pessoas que admiram esses casarões e a história do nosso Brasil, estamos formando um grupo forte que cresce diariamente e com isso cresce também a oportunidade de consciência nas pessoas em busca da preservação histórica, por isso é muito importante vocês nos ajudarem com as divulgações voluntárias nas suas redes sociais, pois quanto maior for o nosso grupo por aqui, mais força teremos, mais oportunidade de dar voz a esses patrimônios abandonados teremos.

Obrigado a todos que já tem entendido isso e já tem divulgado entre seus amigos e familiares, isso com certeza fará com que nosso projeto alcance cada vez mais e mais pessoas e quem sabe chegue ao ponto de podermos salvar patrimônios como esses que vocês tem visto o tempo ruir por aqui.

Quanto a esse casarão especificamente, o que percebi lá em Quissamã, é que quase todas as fazendas, que a Usina do engenho central era dona estão em decadência, pois ela fechou em 2003 e desde então não tem utilidade esses casarões e claro sua manutenção é cara e muitas vezes inviável.

Espero que a consciência de um turismo rural, ou alguma outra fonte de receitas possam vir desses casarões para que sejam restaurados e preservados para as futuras gerações.

A história desse casarão está na postagem anterior lá no feed, se não viu ainda corre lá pra ver que vale a pena.

Fonte: @paulo_victor_fa / wikimapia