Fazenda Palmas
Resumo Histórico
FAZENDA DAS PALMAS
Eng. Paulo de Frontin - RJ #fazenda339
1780*
Você tem ideia de como é bom visitar uma fazenda histórica?
Uma das pioneiras na cultura do café no Vale do Paraíba. *A Fazenda das Palmas surgiu entre o final do século XVIII e início do XIX. Teria sido fundada por Bento Luiz de Oliveira Braga.
Casou-se pela primeira vez com a meia irmã Francisca Casemira Xavier de Veras, falecida em 1797. Bento Luiz de Oliveira Braga casou-se então com Francisca Mariana de Oliveira Coutinho, com quem teve filhos.
Com o desenvolvimento da cultura do café a partir do início do século XIX, Bento Luiz passou a investir em suas fazendas no Vale do Paraíba, a das Palmas, localizada em Sacra Família do Tinguá, e a das Cruzes, localizada às margens do Rio Paraíba do Sul.
Palmas e Cruzes possuíam enormes extensões de terras, ultrapassavam cada uma, mais de sesmaria de meia-légua em quadra, ou seja, 900 alqueires geométricos de terras. Isso comprova a importância que Bento Luiz de Oliveira Braga deveria possuir junto à Coroa, pois, poucos eram os contemplados com tamanha área de terras no Vale do Paraíba.
Bento Luiz de Oliveira Braga faleceu em 1814, e D. Francisca Mariana casou-se, pela segunda vez, com ninguém menos que o poderoso conselheiro José Clemente Pereira. A respeito da divisão das terras situadas em Vassouras, temos que a Fazenda das Cruzes, ficou com a viúva D. Francisca Mariana e a das Palmas ficou com os filhos do casal.
venderam a Fazenda das Palmas a Joaquim Gomes Leite de Carvalho – segundo barão do Amparo.
Joaquim Gomes Leite de Carvalho nasceu em 17 de Abril de 1830, em Amparo, município de Barra Mansa, província do Rio de Janeiro. Era filho de Manuel Gomes de Carvalho e de Francisca Bernardina Leite de Carvalho, primeiros barões do Amparo. Casou-se com Amélia Teixeira de Carvalho. Era irmão do visconde de Barra Mansa e do barão do Rio Negro. Foi agraciado com o título de segundo barão do Amparo, em 30 de janeiro de l8678. O barão faleceu em 30 de abril de 1921, ainda proprietário da fazenda.
Início do XIX - A fazenda foi fundada por Bento Luiz de Oliveira Braga em terras de sesmaria de meia-légua em quadra.1814 - Bento Luiz de Oliveira Braga faleceu e a fazenda das Palmas ficou de herança para os filhos do primeiro casamento, com Francisca Casemira Xavier de Vera. Consta que a filha Maria Adelaide de Oliveira Braga teria ficado com a principal parte da fazenda. 1855 - A propriedade foi arrendada durante anos a diferentes pessoas. Em 1855, a parte norte da fazenda, na Serra do Mata Cães, estava arrendada ao cidadão Tiberino Gomes Sardinha, e outra porção, pouco mais ao sul, a outros, como consta no livro de Registro Paroquial de Terras. 1857 - Maria Adelaide de Oliveira Braga faleceu em 1855 e deixou a fazenda de herança para Antônio Félix de Oliveira Braga, que após assumir a administração da fazenda a transformou em uma importante produtora de café. 1878 - A fazenda permaneceu com a família Oliveira Braga até ser vendida a Henrique Gaspar Lahmayer. 1886 - Se noticiava a formação da Companhia Agrícola e Colonizadora de Vassouras, que foi instalada na Fazenda das Palmas visando a exploração do café e da cana de açúcar substituindo o trabalho escravo pelo livre e a agricultura extensiva pela intensiva. Henrique Lahmayer era o maior acionista da companhia. 1887 - Henrique Lahmayer falece e a companhia é dissolvida. Os herdeiros venderam a Fazenda das Palmas à Joaquim Gomes Leite de Carvalho, o 2º Barão do Amparo.1911 - O 2º Barão do Amparo cede parte da fazenda onde existia uma queda d’água para os serviços de instalação e fornecimento de força e luz elétrica no município de Vassouras. Onde foi cedido o uso das águas do Rio S. José, no decurso de Simão Antonio a Thomaz José Bento e do córrego provedor, para aproveitamento da força hidráulica e instalação das usinas elétricas; cedidas 50 braças em quadro de terreno no sitio Thomaz José Bento para instalação de usinas e casas de administração e para trabalhadores. Toda a produção de luz elétrica foi destinada para atender às ruas da cidade de Vassouras com o uso de lâmpadas incandescentes de 30 velas, assim como a força motriz destinada somente aos estabelecimentos com sede e funcionamento dentro do perímetro da cidade. 1914 - Foi inaugurada a estação ferroviária Palmital que atendia a fazenda. Posteriormente o nome foi alterado para Palmas, permanecendo até 1940 quando é alterado, por último, para Barão do Amparo. Em 1970 o trecho da estrada de ferro foi extinto. A estação permaneceu com sua feição inicial até 2003. Em 2007 foi instalado um posto municipal de saúde denominado "Vereador José Lavinas Eiras”.
1923 – O 2º Barão do Amparo faleceu em 1921, deixando a fazenda para seu filho mais velho, Alberto Gomes Leite de Carvalho. Dois anos depois é anunciado o pregão de venda de trechos da fazenda, ficando de fora as terras vendidas ao Benjamin Accioly, Rozendo Francisco de Lima e Saudora Antonio, a casa de morada e seus móveis e, por fim, os engenhos e suas máquinas.1929 - É anunciada a venda da Fazenda das Palmas, com cerca de 500 alqueires geométricos, sendo tratada com Benjamim Accioly. 1975 - Os proprietários eram Leonel Tavares Miranda e Mercedes Gross. Em outubro de 1981 é anunciada a sessão de fotos que a revista Architectural Digest fez da fazenda.2010 - Antônio Carlos de Almeida Braga, conhecido como Braguinha, adquiriu a Fazenda das Palmas e promoveu a reforma das estruturas da fazenda e retomou a plantação de cana de açúcar para produção de cachaça. Antônio faleceu em 2021. Luiza e Joana, sua viúva e filha respectivamente, deram continuidade à produção da cachaça que é vendida na Inglaterra, Espanha e Portugal. Atualmente, a Fazenda das Palmas está aberta a visitação e a hospedagem. Está localizada no município de Engenheiro Paulo de Frontin, emancipado de Vassouras em 1963. Bento Luiz de Oliveira Braga, nasceu em 4 de setembro de 1753 no Rio de Janeiro. Foi filho de Bento Oliveira Braga e Francisca Luiza Bernarda Ribeiro, teve três irmãos: Luisa Bernarda Ribeiro, Jacinta Lourença e Francisco Caetano de Oliveira Braga.Casou-se em 1769 com Francisca Casemira Xavier de Vera, filha do Capitão Francisco de Veras Nascentes e Brites Xavier de Aguirre, com quem teve oito filhos: Francisco de Veras Nascente (1773-xxxx), Felix de Oliveira Braga (1779-xxxx), Mariana Casemira de Oliveira Braga (1783-xxxx), Francisco Oliveira Braga (1785-xxxx), Padre Felix Nascentes de Oliveira Braga (1786-xxxx), Joaquim Oliveira Braga (1787-xxxx), Maria Adelaide de Oliveira Braga (1790-1855) e Luisa Bernarda de Oliveira Braga (1795-xxxx). Francisca Casemira nasceu em 3 de março de 1757 em Vila Boa - GO, faleceu em 1797 no Rio de Janeiro. Em 1799, Bento casou-se novamente com Francisca Mariana de Oliveira Coutinho, filha do Brigadeiro Ambrósio de Oliveira Coutinho e Joana Teresa de Oliveira, com quem teve cinco filhos: Rita Augusta de Oliveira (1800-xxxx), Maria Luiza de Oliveira Coutinho, Francisca de Paula Oliveira Coutinho (1802-1872), Joana Benedita Oliveira Braga e Bento Luis Oliveira Braga Coutinho (1804-1857). Francisca Mariana nasceu em 1779 em São João de Meriti - RJ, após a morte de Bento, casou-se novamente em 1818 com José Clemente Pereira (1787-1854). Foi proprietário de importantes engenhos de plantação de cana de açúcar, entre eles o Engenho da Posse, em Nossa Senhora da Apresentação do Irajá, Engenhos de Nazaré, Caioaba e Desterro em Santo Antônio do Jacotinga e o Engenho Sapopemba. Também possuía fazendas que produziam café como a Fazenda das Palmas e a Fazenda das Cruzes, que ocupavam cada uma mais de sesmaria de meia-légua em quadra (900 alqueires geométricos de terra). Possuía ainda diversas casas urbanas e escravos. Foi também vereador do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, de 1798 a 1812, e de 1830 a 1833. Bento Luiz de Oliveira Braga faleceu em 14 de janeiro de 1814 deixando um vasto patrimônio entre engenhos, fazendas e propriedades urbanas. Antônio Felix de Oliveira Braga, capitão da guarda nacional na cidade de Vassouras. Casou-se com Cândida Luiza Barreto Pedroso (xxxx-1887) com quem teve os filhos: Candida Nina, Maria Adelaide, Carmela Noemia, Maria Emília, Antonina, Elvira e Felix. Em 24 de setembro de 1870 promoveu a reforma da Igreja Matriz da Freguesia da Sacra Família do Tinguá, em Vassouras. Era fazendeiro produtor de açúcar e aguardente. Henrique Gaspar Lahmayer, nasceu em 9 de maio de 1831 no Rio de Janeiro. Era filho do portugues Frederico Rodolfo Lahmeyer. Casou-se com Eulalia Furquim de Almeida (1844-1914), filha de Caetano José Furquim de Almeida e Ambrosina Augusta Teixeira Leite e neta do Barão de Vassouras. Tiveram doze filhos: Lúcia (1864-1954), Rodolfo (xxxx-1938), Flora (1865-1955), Noemi (1866-xxxx), Palmyra (1867-1932), Evelina (1872-1959), Marieta (1875-1957), Clarisse (1879-1989), Valentina (1879-1970, Georgeta (1881-1961), Henrique (xxxx-1937) e Paulo (1888-1975). Em 1886 participou da criação da Companhia Agrícola e Colonizadora de Vassouras que possuía capital social de 400:000$, sendo 300:000$ representados pela fazenda das Palmas, sendo então Henrique Lahmayer o maior acionista. A companhia visava a exploração do café e da cana de açúcar substituindo o trabalho escravo pelo livre e a agricultura extensiva pela intensiva. Além de formar e vender lotes de terras e construir casas para os colonos. Foi também vereador na Câmara Municipal de Vassouras no ano de 1887, poucos meses antes de falecer em 30 de outubro do mesmo ano. Após a morte repentina, foi sepultado no cemitério de São Francisco Xavier. Joaquim Gomes Leite de Carvalho, o segundo barão do Amparo, nasceu em 17 de abril de 1830 em Amparo de Barra Mansa. Foi o filho mais velho de Manuel Gomes de Carvalho (1º barão do Amparo) e Francisca Bernardina Leite. Casou-se, em 7 de janeiro de 1851, com sua sobrinha Amélia Eugênia Teixeira Leite (1834-1924), filha mais velha de sua irmã Ana Bernardina e João Evangelista Teixeira Leite. Do casamento tiveram sete filhos: Amélia Gomes Leite de Carvalho (1858-1919), casou-se com Henri Gielen, de Bruxelas; Alberto Gomes Leite de Carvalho (1860-1940), casou-se com Carmen Diaz Garcia (1876-1928), da Espanha; Joaquim Gomes Leite de Carvalho (1862-1905); Afonso Gomes Leite de Carvalho (1865-1910); Ana Gomes Leite de Carvalho (XXXX-1917); Paulina Leite de Carvalho (1875-1962), nascida na Suíça; e Horácio Gomes Leite de Carvalho (1879-1958), nascido em Bruxelas. Foi também irmão de João Gomes de Carvalho, que foi feito barão e depois visconde de Barra Mansa, e Manuel Gomes de Carvalho Filho, feito barão do Rio Negro.Foi fazendeiro capitalista, membro do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e provedor na Santa Casa de Misericórdia. Recebeu o título de segundo barão do Amparo por decreto imperial em 30 de janeiro de 1867, mesmo título de seu pai. Recebeu herança de seu pai, ampliando-a através de investimentos financeiros. Em 1886, adquiriu a Fazenda das Palmas e, em 1887, inaugurou seu imponente palacete sobre uma colina, onde se destaca na cidade de Vassouras e cujas referências e inspiração, na arquitetura e decoração, teve devido sua estadia na Europa. O terreno do palacete antes era propriedade de Pedro Corrêa e Castro, o barão do Tinguá, cujo sobrado foi demolido para realizar a construção da nova residência do barão do Amparo.Possuía residência em Botafogo e também na cidade de Vassouras, onde faleceu aos 91 anos, no dia 30 de abril de 1921. Foi sepultado no cemitério da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
Fonte: InventárioCidadeViva / Acasasenhorial
Contato
Ano
1801*
Visitação
Sim
Hospedagem
Sim
Eventos
Sim
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