FAZENDA SALTO GRANDE
Americana - SP #fazenda220

1799
Construída em 1799 por seu segundo dono, Manoel Teixeira Vilela, a casa da sede foi edificada em estilo colonial mineiro em taipa de mão, taipa de pilão e estruturas de madeira. O piso térreo era a senzala que abrigava entre 200 e 300 escravos e seu
piso superior era a residência de seu proprietário. As paredes medem cerca de um metro, tem quinze metros de altura e possui 36 salas.
Posteriormente, foi adquirida por Francisco de Campos Andrade e, depois, pelo imigrante americano Clement Willmot. Em 1901, foi adquirida pela família Müller como parte do projeto administrativo e financeiro de sua tecelagem.
A fazenda era lar e trabalho de muitas famílias de imigrantes italianos que
chegaram ao Brasil no final do século 19. Essa imigração teve influência significativa na história da cidade, já que muitos descendentes foram políticos e beneméritos.
Hoje, o pioneirismo desses imigrantes dão nome não só a famílias tradicionais, mas também a bairros, praças e
ruas de nossa cidade.
Desde 1971, o Casarão de Salto Grande abriga o Museu Histórico e Pedagógico “Dr. João da
Silva Carrão”. Atualmente está fechado para visitação ao público geral, contudo, através do "Projeto Raízes" da Secretaria de Cultura e Turismo é possível ir até o local. O prédio carece de
reformas que estão nos projetos da SECTUR, entretanto aguardam recursos.

A capela é dedicada à Santo Antônio, foi construída por italianos, que chegaram em 1887 para trabalharem substituindo a mão-de-obra escrava recém abolida. Por iniciativa do imigrante Joaquim Boer e mão-de-obra voluntária, o pequeno santuário foi erguido em 1894 e contava com uma imagem de Santo Antônio trazida da Itália (hoje ela está na Basílica de Santo Antônio de Pádua) e é a materialização da fé dos imigrantes. Hoje a capela fica no terreno da empresa Santista Têxtil que pertence ao Grupo Camargo Corrêa e não está
aberta à visitação.
Texto: Fábio B. Natali
Fotos: Ivo Giacomassi