Fazenda São Paulo

Resumo Histórico

FAZENDA SÃO PAULO
Valença - RJ #fazenda370

1840
Percebeu que a tulha é bem parecida com o casarão? Parecem duas sedes👏🏼👏🏼

A fazenda São Paulo teve origem em terras da sesmaria de meia légua em quadra concedida a Francisco Freire, cujo pedido foi realizado em 1809 e julgado em 1812.

Acredita-se que Francisco vendeu a sesmaria em pura mata virgem ao Dr. Antonio Joaquim Fortes de Bustamante na década de 1830.

Homem de grande projeção social, Dr. Fortes de Bustamante foi, em 1842, Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se formou em 1823, retornou ao Brasil e logo foi nomeado Ouvidor da Comarca de Rio das Mortes e, em seguida, Provedor da Fazenda na mesma Comarca. Em 1834, foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Resende e, em 1867, Secretário de Polícia e Desembargador do Tribunal do Distrito da Corte.

Casou-se em 1840, na Corte do Rio de Janeiro, com a portuguesa Orminda Constança Louzada, com quem teve dois filhos: Adriano e Antônio. D. Orminda faleceu na fazenda aos 80 anos de idade.

A sede da fazenda, um casarão construído na primeira metade do século XIX, caracteriza-se pela imponência e originalidade de suas janelas e portas em estilo neogótico, voltadas para o imenso terreiro de secar café, que se encontra hoje, gramado. A área íntima da casa, no segundo pavimento, compreende vários quartos, salas, alcovas e uma capela, sendo esta última dedicada a São Paulo. Há também um pequeno pátio interno quadrado com uma fonte ao centro.

Em 7 de maio de 1870, Dr. Fortes de Bustamante veio a falecer, aos 69 anos de idade. Os autos do formal de partilha permitem avaliar a grande riqueza acumulada pelo desembargador ao longo da vida. À época de sua morte, a fazenda contava com um cafezal de 550 mil pés, 400 alqueires de feijão e 300 de arroz, além de dispor de 176 escravos. A unidade de produção de café era composta de diversas edificações, entre elas: senzalas, tulha, enfermaria para escravos, engenho para socar café e engenhos de cana e de farinha de mandioca, além de moinhos, alambiques, estrebaria e paióis.

Em 1915, depois de enfrentar os percalços decorrentes da abolição da escravatura, os herdeiros de D. Orminda resolvem vender a fazenda.

Esta foi então adquirida por um empresário de origem portuguesa, o coronel Manoel Joaquim Cardoso, que se tornou um dos maiores produtores de café e proprietário de várias fazendas vizinhas, como São Fernando, São José e Capoeirão.

Após a crise de 1929, também o coronel começa a passar por dificuldades. Nessa ocasião, apóia a candidatura do Dr. Júlio Prestes à Presidência da República e associa-se à Companhia Magalhães e Cardoso Ltda. Seis anos mais tarde, em 1935, a fazenda já pertencia somente à família Magalhães.
Fonte: @paulo_victor_fa / InstitutoCidadeViva
#fazendashistoricas

Ano

1840

Visitação

Não

Hospedagem

Não

Eventos

Não

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